Camilo Castelo Branco
Fernando Pessoa
José Saramago
Sttau Monteiro
Outros
Sttau Monteiro
 

D. MIGUEL

 

Rei de Portugal de 1828 a 1834, nasceu em Queluz, Sintra, em 26 de outubro de 1802 e morreu em Bronnbach, na Alemanha, em 1866, depois de um longo exílio. Era o terceiro filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina.

 

D. Miguel I.

Óleo atribuído a João Baptista Ribeiro. Museu Nacional dos Coches. Lisboa

Em 1822, já depois da vitória dos liberais (em 1820) e da independência do Brasil (1822), toma o partido da mãe e hostiliza o pai, tornando-se o líder da oposição ao liberalismo, ao encabeçar o Partido Tradicionalista. Era objectivo deste partido pôr termo à experiência liberal.

Após o movimento de Vila-Francada, o rei nomeou-o generalíssimo e comandante-em-chefe do exército, decretando ainda a dissolução e a abolição da Constituição Liberal. Mas em 1824, fracassado o golpe militar conhecido por Abrilada, com que procurou abolir o regime, foi desautorizado por D. João VI, destituído dos cargos que ocupava e obrigado a partir para o exílio, em 13 de Junho desse mesmo ano.

 

 Morto o pai, em 10 de Março de 1826, aceita o plano elaborado por seu irmão D. Pedro: jurou a Carta Constitucional (4 de Outubro de  1826),  celebrou  os  esponsais

(promessa de casamento) com sua sobrinha D. Maria I (29 do mesmo mês) e prestou respeito e obediência a D. Pedro e à regência a que presidia a sua irmã D. Isabel.

Foi então nomeado lugar-tenente de D. Pedro em Portugal, em 3 de Março de 1927, país que o recebe calorosamente em 22 de Fevereiro de 1828, de tal forma que foi proclamado rei absoluto pelas Cortes (11 de Agosto de 1828). Restaurado o absolutismo, persegue os liberais e arrasta o país para uma guerra civil (1832-1834).

 

Vencida a guerra (que conheceu o seu termo em Évora-Monte - 27 de Maio de 1834) pelos liberais, D. Miguel foi novamente obrigado a exilar-se, agora para sempre. Em Génova, ainda chega a denunciar as cláusulas da Convenção de Évora-Monte, com o pretexto de ter sido coagido no momento da sua assinatura. Porém, em 1851 (24 de Setembro) desposa a princesa de Loewenstein-Wertheim-Rosenberg, D. Adelaide Sofia, de quem teve sete filhos.

 

Fixa residência na Alemanha, onde leva uma vida sossegada entre a família.

 

Ficou na memória do povo como um segundo D. Sebastião.
 

Publicado por Joaquim Matias da Silva

 

Voltar

Início da página

 

© Joaquim Matias 2008

 

 

 

 Páginas visitadas