XV |
Maria Eduarda conta a Carlos todo o seu passado
(analepse): nascera em Viena; não sabia nada do pai,
apenas que era nobre e belo; tinha uma irmã que morrera;
lembrava-se do avô que lhe contava histórias de navios;
foi educada num colégio de freiras; recorda a vida da
mãe (pouco edificante e com vários amantes); juntou-se
com Mac Gren, um irlandês que morrera na guerra, e de
quem tem uma filha – Rose; vida difícil para Maria
Eduarda, a mãe e a filha; regresso a Paris, onde Maria
Eduarda, sem amor, se junta a Castro Gomes. (pp.506 -
515)
Carlos conta a Ega a história de Maria Eduarda e
sente-se apreensivo por saber que o avô nunca irá compreender o passado dela. (pp. 515 - 516)
Ega sugere que Carlos case apenas com Maria
Eduarda após a morte do avô. (p. 517)
Jantar na "Toca" com Ega e o maestro. (p. 519,
524)
Apresentação do marquês de Sousela a Maria
Eduarda, ou melhor, a Madame Mac Gren. (p. 525)
A pedido de Maria, Carlos recomeça a sua
atividade literária, compondo artigos de medicina para
a Gazeta Médica e rascunhos para o seu livro Medicina
Antiga e Moderna. (p. 528)
Palma Cavalão publicara, a mando de Dâmaso, na
"Corneta do Diabo", um artigo difamatório contra Carlos em
que aludia, num tom infame e em calão, aos seus amores com
Maria Eduarda. (p. 530)
Ega informa Carlos de que, mediante o pagamento
de quinze libras, comprou toda a tiragem do "Corneta do
Diabo", com excepção de dois números, um para a "Toca" e
outro para o Paço. (p. 539)
Ega vai falar com o Palma e propõe-lhe que,
também a troco de dinheiro, identifique a pessoa que lhe
encomendou o artigo difamatório contra Carlos e lhe
forneça as respetivas provas. (p. 539)
Carlos envia Ega e Cruges a casa do Dâmaso a
desafiá-lo ou para um duelo ou a retratar-se. (p. 544)
Dâmaso Cândido Salcede, o homem do
famoso "Chique a valer".
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Cruges, o incompreendido, num meio
inculto. |
Ega vai a casa de Dâmaso, casa que tem uma
decoração espampanante, contrastante com a baixeza moral
do seu proprietário. Com efeito, “apertado” por Ega e
por Cruges, Dâmaso opta, cobardemente, por assinar uma carta,
redigida pelo próprio Ega, afirmando que tudo o que
fizera publicar na "Corneta" sobre Carlos e Maria Eduarda
fora invenção falsa e gratuita e se devia a um estado de
embriaguez, um hábito hereditário. (p. 556)
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Lisboa: Rua de S. Domingos, à Lapa (in
Imagens do Portugal Queirosiano,
A. Campos Matos, I. N. C. M.), a rua
onde residia Dâmaso, o "Comendador de
Cristo", o homem do famoso "Chique a
valer" |
Afonso da Maia regressa de Santa Olávia e Carlos
e Ega contam-lhe o episódio comprometedor de Dâmaso,
omitindo-lhe os amores de Carlos. (p. 565)
A carta de Dâmaso é publicada no jornal "A
Tarde", a troco de dinheiro. (p. 571)
JMS |
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