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Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos
e Maria Eduarda. (p. 582)
A instâncias de Ega, Carlos vai ao sarau de
beneficência, em favor das vítimas das cheias, no Teatro
da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que fala da
caridade e do progresso, recorrendo a imagens pouco
originais, num registo inflamado e apelando à emoção e
à sensibilidade do público; Alencar, que recita uma
poesia intitulada «A Democracia»; e
Cruges, que toca a "Sonata Patética", de
Beethoven (p. 585), apelidada pela
marquesa de Soutal, umas páginas mais à |

Cruges, o maestro que, no Sarau da
Trindade, toca a "Sonata Patética", de
Beethoven. |
frente, de "Sonata Pateta", numa demonstração de
ignorância crassa e de desprezo pela arte, muito comum
na burguesia lisboeta oitocentista e, por extensão, em
toda a sociedade portuguesa. (p. 596)

Teatro da
Trindade, em finais do séc. XIX.
Guimarães, tio do Dâmaso, pede a Alencar para
ser apresentado a Ega por se sentir atingido com o teor
da carta que Ega redigira e onde Dâmaso declarava ter
sido coagido a assiná-la. (pp. 591 - 593)
O intuito de Guimarães era que Ega declarasse
que não o considerava bêbado. (p. 594)
Carlos agride Eusebiozinho por este ter
participado no caso da "Corneta do Diabo". (p. 605)
Guimarães confia a Ega - por saber que é íntimo
de Carlos - um cofre que continha papéis importantes e
que lhe tinha sido confiado, em Paris, pela mãe de
Carlos, antes de morrer. Ega fica surpreendido e
intrigado quando Guimarães, que estava de partida, lhe
pede para entregar o cofre ou a Carlos ou à irmã. (p.
615)
Perante a estupefação de Ega, Guimarães
revela-lhe que Maria Eduarda era irmã de Carlos, pensando
que Ega estava ao corrente desta situação. (p. 616)
O que Guimarães relata a Ega, acerca de Maria
Eduarda, coincide com a história que esta contara a
Carlos. (p. 617)
Ega, horrorizado, dirige-se com o cofre ao
Ramalhete e resolve pôr Vilaça ao corrente desta
situação, pedindo-lhe para ser ele a dar a notícia a
Carlos. (p. 625)
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